terça-feira, 10 de julho de 2012






Cap XV: Lutando com árvores... Não, eu não estou louco  (Tiago)






      Não saberíamos quanto tempo se passou se o táxi não tivesse um pequeno relógio perto do marcador de velocidade.
       O túnel se estendia pelo que parecia ser milhares de quilômetros, tendo no início uma leve inclinação, mas que logo foi substituída por um túnel não muito largo e reto, e com ocasionais bifurcações.
     Segundo o taxista, esse túnel já existia há milhares de anos, antes mesmo da construção das cidades, e abrangia uma grande área da Europa.
      Ele ia falando coisas e mais coisas, enquanto no rádio tocava um mísica da banda Metálica, muito boa por sinal. Ethan conversava com ele animado, enquanto Peter tentava dormir, e eu, usando uma pequena lanterna presa na boca, tentava ler o máximo do livro antes de chegar ao nosso destino.
       O livro era incrível. O primeiro capítulo, revelava com mais detalhes as histórias dos deuses nórdicos, mas isso eu já sabia. Pulei, e vi que no segundo capítulo falava sobre a magia e o corpo dos asgardianos.
     Havia coisas que eu nunca havia visto. O livro dizia que com o poder que me foi concedido, meu corpo ficava com uma espécie de armadura, capaz de resistir a flechas, golpes de espadas, e até a algumas magias mandadas por outros monstros ou magos inimigos.
      E havia também imagens de asgardianos usando magia. Eles faziam as coisas levitarem até eles, lançavam bolas de energia de diversas cores e tamanhos, e usavam magia para mudar a aparecia do corpo para se camuflar.
     Após algum tempo de leitura, percebi que o táxi estava em uma pequena elevação, que se acentuava cada vez mais.
      _ Thiago – Ethan estava me chamando – qual o plano?
     _ Não sei ao certo – tirei a lanterna da boca e falei de novo – não sei ao certo. Só sei que quando eu chegar lá vou encontrar minha mãe.
     _ Vamos encontrar todos, não se preocupe.
     À nossa frente, uma nova parede se aproximava, mas foi aberta rapidamente.
Assim que passamos por ela, fiquei atordoado pela luz, mas logo me acostumei de novo.
     _ O que? Onde estou – Peter acordou assustado, olhando para todos os lados - Que dor de cabeça.
      _ Acordou bela adormecida? – perguntei.
      _ O que?
      _ Nada, volta a dormir.
      _ Hum... Estamos chegando já?
     _ Falta pouco – o taxista respondeu – digam-me senhores, o que sabem do lugar para onde estão indo?
     _ Nada – Ethan respondeu – só sei que vou dar uma surra em qualquer um que estiver lá dentro.
    _ Tenham cuidado – disse sério - não sei muita coisa, mas lá é um lugar meio perigoso – e continuou dirigindo calado.
    O resto da viagem foi em silêncio, ninguém queria conversar. Para compensar, a cidade era bonita. Passamos por vários parques lotados. A neve tinha parado de cair, e havia crianças brincando de bolas de neve nas ruas. Pessoas andavam animadas para lá e para cá, sem dar conta de que as coisas piorariam em pouco tempo.
     _ Estamos chegando.
     À nossa frente, havia uma mansão enorme, em cima de um pequeno monte. Não havia casas ao lado, e a rua parecia acabar no portão da casa. Tinha uma cor preta, um pouco depressiva. No jardim havia algumas plantas, algumas mortas, outras tão estranhas que não deveriam estar ali.



      _ Não posso me aproximar mais, agora é com vocês. – ele desceu do carro e ajudou com as malas. Logo depois, entrou no taxi, manobrou e saiu em disparada.
      _ Bom, acho que só nos resta ir em frente, não é? – eu disse.
     _ Thiago, onde está o livro?
    _ Eu entreguei para o taxista, como a mulher que me deu ordenou, eu espero que ele devolva no lugar certo.
   _ Eu estou achando isso muito estranho – Ethan estava olhando a casa com um olhar preocupado – parece que ninguém... Ei tem alguém saindo – antes dele terminar de falar, um homem de terno, saiu pela porta da casa, se dirigindo ao portão. Assim que nos viu, ele deixou a pasta cair e voltou correndo para a mansão. Pelo som, ele estava colocando varias trancas na porta, assim como cadeados, etc.
     _ Mas o que? – aquele cara que tinha saído da mansão parecia alguém normal. Mesmo assim, não tínhamos tempo a perder – Ethan, esmaga.
     _ Com prazer. – respondendo, ele sacou seu martelo, invocando-o a partir de um anel e logo o aumentou para o tamanho máximo, ou seja, duas vezes maior que o antigo. – afastem-se. – e com um sorriso no rosto, deu uma marretada no portão de ferro, que saiu voando sem nem ao menos apresentar resistência ao poder de Ethan.
      _ Home run – Peter também estava preparado, e parecia bem empolgado.
      _ Vamos – Ethan se aproximou da porta – Saia da frente, ok? – disse em direção à porta e deu uma martelada com toda a força. Resultado, a porta saiu voando e atravessou duas paredes.
       _ Caramba, tenho que tomar cuidado com você agora. – eu disse com um sorriso.
    A mansão por dentro era escura, porém limpa. Tinha quadros de vários tamanhos espalhados por todo um corredor, que ia da porta, até a sala, com portas para os outros cômodos.
      A porta que tinha saído voando, havia sido jogada até o fim do corredor, atravessado uma parede, quebrando vários moveis, até que atravessasse outra parede, e parasse.
O Homem que havíamos visto estava deitado no chão, tremendo.
      _ Por favor, não me matem, não me matem. – e começou a rastejar para longe.
     _ Ah, não vai não – o peguei pelo terno com uma mão, e o levantei até certa altura. – você vai nos dizer tudo o que sabe.
      _ Eu digo, eu digo, mas não me matem.
      Soltei-o, e ele caiu de costas no chão. Assim que se recuperou, começou a engatinhar para o canto da sala, onde ficou encolhido, com as mãos protegendo o rosto.
      _ Então – Ethan começou a entrar na casa, seguindo o homem – que lugar é esse?
      _ Aqui... Era... Um centro de comando desativado. – o homem falava gaguejando toda hora.
      _ Peter – eu chamei – veja se tem alguém na casa. Ethan cuide lá fora, eu cuido dele - dito isso, eles concordaram e foram para seus lugares – Certo, agora vamos conversar com calma – guardei minha espada e meu escudo e estendi a mãos para ele – levante-se e se acalme. – ele segurou minha mão e se levantou visivelmente mais calmo – agora comece a falar tudo o que sabe.
    Ele contou um pouco da história dele. Sua família havia sido raptada por alguns guerreiros há varias semanas atrás, sendo forçado a trabalhar para eles. Disse tudo que o exército inimigo havia feito até então, e tudo que havia descoberto. Quais monstros haviam se juntado a eles, e para onde os reféns restantes estavam indo. Disse também que, há alguns dias, alguns reféns haviam sido salvos por um grupo de elfos.
      _ Sua mãe não estava lá Thiago – ele olhou bem nos meus olhos com seriedade – Sim, eu sei sobre ela. Também há um... – ele foi interrompido quando Ethan entrou na casa correndo.
      _ Parece que temos visitas – ele apontou para a janela.
     _ Essa não – ele levantou rapidamente, visivelmente assustado - eles foram rápidos – o homem foi até a janela e abriu a cortina. Assim que fez isso, uma flecha preta atravessou o vidro da janela, e acertou seu peito – Argh... – corri para ajuda-lo. O ferimento era profundo, mas o homem continuava acordado. – Ah... Droga... Thiago... Você... Precisa se apressar... Sua... Mãe... Esta no Monte... Elbrus – cada palavra era um esforço para ele – eles planejam... Alguma coisa seria... Precisa dete-los... E salvar... Minha família... – e então, silêncio.
     _Temos que sair daqui! – Peter desceu as escadas correndo o mais rápido que podia, com suas armas preparadas. – Tem vários monstros nos cercando, vamos.
     Ainda estava em choque pelo o que aconteceu com o homem, mas me forcei a me concentrar. Pela porta, quatro fenris entraram seguidos por alguns guerreiros, e outros esqueletos com arcos e espadas entraram pelas janelas.
     _ Vamos para o segundo andar – Subimos a escada correndo, e enquanto corríamos por um corredor cheio de quartos, éramos seguidos por vários monstros, que lançavam flechas, lanças e dardos. No final do corredor, pude ver uma janela grande. Era nossa única chance de escapar de lá – PULEM COMIGO. – corri mais ainda, e me joguei de cabeça na janela.
     Tudo parecia acontecer em câmera lenta. Flechas e lanças passavam a centímetros de nossas cabeças enquanto caiamos do segundo andar da casa. Lá embaixo, os inimigos olhavam assustados a cena, até que caímos pesadamente no jardim, causando um bom estrago. Ainda que dolorido e zonzo, me levantei rápido, olhando ao redor. Peter havia caído em cima de uma árvore e, apesar de não estar ventando, ela se mexia incessantemente. Ethan havia caído em cima de um vaso de plantas mortas, ao lado de um cacto gigantesco, e também já estava se levantando.
      _ Que grande ideia – ele olhava para todo o lado, meio tonto, enquanto se esforçava para não cair de novo – Vamos sair logo daqui.
     Enquanto me aproximava de Ethan, percebi que os inimigos estavam se afastando, lançando olhares nervosos para todas as plantas, isso não era um bom sinal. Enquanto me preocupava com isso, ouvi um barulho atrás de mim. Era como se uma árvore tivesse caindo e o chão estivesse sendo arrancado. Quando olhei para a direção do barulho, tive uma das visões mais assustadoras da minha vida. A árvore em que Peter havia caído estava se mexendo, se levantando.
     _ ISSO É IMPOSSIVEL – à nossa frente, havia uma árvore gigantesca, com mais de dez metros, com braços e pernas feitos de galhos enormes e curvos. Na cabeça, vários galhos se elevavam formando uma espécie de chifre. Um rosto que aparentava milhares de anos nos encarava com raiva. E pendurado bem na cabeça dele, estava Peter.




      _ ME TIREM DAQUI, AGORA – Peter se agarrou aos galhos enquanto a árvore nos atacava com golpes do braço, de cima para baixo, provocando um grande buraco no chão, levantando terra para todos os lugares.
      Ethan se recuperou rapidamente e deu um golpe na perna da árvore. Ela soltou um berro que nos deixou atordoado e atacou com um golpe da perna, que acertou em cheio o martelo de Ethan, fazendo o parar vários metros para trás.
      Os demais inimigos, achando que a árvore era aliados deles, se aproximaram dela, e acabaram sendo mortos. Pelo visto, ela não tinha nenhum aliado. Aproveitando a oportunidade, me aproximei de Ethan, que estava a alguns metros de mim, no chão.
     _Tudo bem cara? – o ajudei a levantar. Ele tava com um sorriso estranho no rosto, e isso não era um bom sinal.
     _ Agora eu estou empolgado. Vamos lá – ele se arrumou e sacou o martelo novamente e atacou. O golpe foi certeiro, bem no tronco da árvore, fazendo o voar por vários metros, até à rua. Com o golpe, Peter acabou caindo.
      Estava prestes a correr em direção a Peter, quando uma coisa chamou minha atenção. Dois corvos estavam parados na cerca da mansão. Um deles olhou diretamente para mim, e eu soube o que fazer. Fiz um sinal positivo com a cabeça. eles saíram voando.
       _ Vamos sair daqui pessoal – eu disse – sei para onde temos que ir.
      A árvore-monstro havia se levantado novamente. Estava vindo em nossa direção. Um pouco afastados dali, mais inimigos chegavam. Em pouco tempo, vinham em nossa direção, cerca de quinze fenris, vinte guerreiros, trinta esqueletos e cinco gigantes marteleiros, iguais aos que derrotamos no acampamento.
       Corremos dali, indo em direção à cidade. Não era uma boa ideia, mas não tinha outro jeito. Para chegarmos onde devíamos, precisávamos atravessar a cidade.
     Atrás de nós, os monstros atacavam a árvore, enfurecendo-a mais ainda. Com um golpe, ela destruiu a formação de guerreiros. Com isso, os gigantes marteleiros a atacaram, fazendo-a gritar mais ainda. Usando seus braços, ela enforcou dois deles, lançando-os longe. Mas parecia que seu verdadeiro alvo era nós três.
      Deixando de lado os outros monstros, ela começou a se mexer, arrancando o asfalto com seus pés em formas de raízes.
      Corremos até uma esquina e fomos em direção ao outro lado da cidade. Havia talvez dez esqueletos atrás de nós. O chão, as casas, até nossos ossos pareciam tremer por causa da pressão que a árvore causava no chão da cidade. Então, sem nenhum aviso, o telhado de três casas foi arrancado e jogado em direção aos esqueletos que estavam atrás de nós. A árvore havia se jogado nas casas, para nos seguir, e se aproximava rapidamente.
      _ O que vamos fazer? – Ethan me perguntou enquanto corria.
     _ Temos que chegar até o outro lado da cidade. Lá eu vou poder... – antes de terminar o que estava falando, dois gigantes marteleiros apareceram na esquina a nossa frente, impedindo nossa passagem. – por aqui – e entramos em um prédio que ficava ao lado da rua.
     Subimos as escadas de formato espiral rapidamente. Quando estávamos no sétimo andar, a árvore quebrou a parede e invadiu o prédio. Assim que nos viu nas escadas acima dela, esticou seus braços, quebrando toda a lateral do prédio. Subimos mais rápidos, até chegar no térreo.
      _ E agora? – Peter me perguntou.
      _ Pulem para o outro prédio
     Assim que disse isso, os braços da árvore alcançaram o térreo, quebrando-o por inteiro. Se tivéssemos demorado um segundo para saltar, teríamos caído de uma altura enorme.
      Caímos no telhado do outro prédio. A árvore logo atrás de nós começou o ataque novamente, seguidos pelos esqueletos arqueiros. Continuamos pulando pelo telhado dos prédios até o fim da rua. Nossa única saída era pular novamente.
      Pulamos e cai em cima de um carro que estava em movimento. Acabei rodando por cima dele, até cair de cara no chão. Ethan havia caído em cima do capô de um carro estacionado, no qual Peter caiu no teto.
       Estava um pouco dolorido, mas conseguia me mexer sem problemas. Ethan também se mexia normal, mas Peter parecia que não iria conseguir correr, então o ajudei.
      _Temos que sair daqui – cada palavra parecia um desafio para Peter – Thiago, use o presente do seu pai e nos tire daqui.
      É claro, tinha me esquecido do presente do meu pai. Coloquei a mão no bolso e puxei o pequeno objeto cilíndrico que ele me dera. Apertei o botão na parte superior dele. Uma luz se ascendeu, e o bastão começou a esquentar. E tão repentinamente quanto começara, a luz apagou.
     _ Mas é só isso? – fiquei olhando ao redor, mas nada – que droga – e taquei o bastão longe, frustrado. – temos que sair daqui, e rápido – atrás de nós a árvore havia descido do prédio, e começou a lançar carros inteiros em nossa direção. – essa coisa não desiste.
     Começamos a correr novamente, mas pude sentir que alguma coisa estava errada. A árvore havia parado de nos seguir. Os monstros estavam atordoados, apontando suas flechas para o céu e disparando a esmo.
      Decidi seguir o olhar deles e o que vi me deixou confuso. Três carruagens, puxadas por três pégasus nos circundavam, altas o suficiente para não temer nenhum ataque.
     _ Elas são... As Valquírias – Peter olhava para elas com certa curiosidade – Você as chamou Thiago, era isso que seu pai havia lhe dado.
       _ Incrível – os pégasus que as puxavam eram incrivelmente belos e brancos.
       _ Vamos para um lugar onde elas vão poder descer.
       Dito isso, viramos procurando um lugar aberto, mas percebi que estávamos cercados.
     _ Peter, fique aqui – e o larguei no chão, enquanto sacava minha espada – vamos acabar com eles.
      E ataquei de um modo que nunca atacara antes. O primeiro oponente era um guerreiro inimigo. O desarmei e lhe dei um soco com minha soqueira. Passei para o próximo, um esqueleto. Defendi o ataque dele e o cortei ao meio. O pó dourado que subiu atrapalhou minha visão, mas conseguia sentir a presença de todos ali. Atrás de mim, um fenrir me atacou. Girei e o ataquei no ar, com uma velocidade impressionante. Não conseguia enxergar direito ainda, mas senti que um esqueleto havia disparado uma flecha. Senti uma leve pontada nas minhas costas quando a flecha acertou, sem causar nenhum dano. Outros guerreiros atacaram, mas seus golpes, que pareciam cada vez mais lentos, eram facilmente bloqueados. U atrás do outro, o número de inimigos foi diminuindo. Minha visão voltou ao normal, e vi que Ethan estava lutando com um gigante marteleiro. A luta era incrível, e qualquer um que se aproximasse era esmagado. O martelo do gigante era pequeno comparado a marreta de Ethan, mas mesmo assim causava um dano de assustar qualquer um. Ethan defendeu vários goles do gigante, mas foi surpreendido quando outro gigante apareceu.

      _ Ethan! – eu chamei.
      _ Pode deixar, eu cuido desses dois. Acabe com a árvore.
    Concordei e saí correndo em direção a ela, que estava ocupada com outros três gigantes de gelo e um gigante marteleiro. Com um golpe do braço, matou dois dos gigantes de gelo e jogou longe os restantes. Só depois disso, se concentrou em mim, o que não era tão bom.
      Ela tentou me esmagar com golpes dos braços, mas consegui desviar facilmente. Em um desses golpes, ataquei com força um de seus braços, cortando uma boa parte dele fora.
      Ela puxou o braço, e soltou um grito estridente. Voltou ao ataque com fúria mais destrutiva ainda. Seu braço machucado estava se recuperando muito lentamente, o que me deu uma ideia. Com novos ataques dela, cortei mais e mais seus braços, até que sobraram somente dois pequenos tocos no lugar dos braços.
      Com um novo grito, seus braços começaram a crescer rapidamente. O que me chamou a atenção era quê as árvores que estavam por perto começaram a secar e a morrer, assim como o chão, que ficou ressecado.
     Ela atacou novamente, e acertou um hidrante, ao lado da calçada. A água jorrou a vários metros de altura, e acertaram a árvore. Nos lugares onde caiu, uma fumaça começou a sair, e uma marca negra tomava o lugar da outrora madeira marrom. Vendo isso, ela tentou se afastar da água, e foi em direção a um parque não muito longe dali.
     _ Ethan – olhei para trás e vi que ele ainda estava lutando, mas com os guerreiros sobreviventes. Os três gigantes com quem ele havia lutado haviam sumido. – Você já destruiu os três?
      _ Eram bem fraquinhos. – deu um único golpe horizontal e jogou longe os guerreiros – e agora?
      _ Eu sei como destruir essa árvore, mas preciso da ajuda de vocês. Vamos.
   Corremos em direção a árvore. Peter também estava correndo, embora estivesse machucado. A alcançamos e assim que nos viu, começou uma nova sessão de ataques.               Aproveitei o momento e fui levando ela até perto do lago no parque, onde comecei a cortar o braço dela, até que virassem novamente dois tocos.
      _ Ethan, agora! – atendendo ao aviso, ele acertou a árvore com toda a força, e a jogou dentro do lago. Com um novo grito, sua madeira começou a dissolver, e a água ficou preta e borbulhante. Até que o som acabou e a água parou de borbulhar.
      _ Finalmente. – dei um suspiro de alivio - Conseguimos vencer aquela... – antes de terminar de falar, um novo urro me fez tampar o ouvido. Eram três gigantes marteleiros, seguidos por vários fenris que viam em nossa direção.
       Antes que se aproximassem demais, um feixe de luz caiu entre nós, deixando todos atordoados. Assim que minha visão voltou, vi que eram as Valquírias, que com os braços esticados, nos chamavam para subir nas carruagens.
      _ Subam agora – a mais perto de nós falou.


   Atendendo ao chamado, subimos nas carruagens, um em cada um, e logo ganhamos velocidade nos céus deixando os monstros inimigos la atrás, desnorteados e confusos.