Φ Capítulo XIX - Resolvo um assunto com uma velha amiga – Gabriel
Lá estava ela: a dracaenae. No topo da colina, com seu olhar com mais ódio que da outra vez em que nos vimos. E suas espadas muito mortais estavam lá com ela também.
Ela sibilou.
_ Essstava esperando por esssse momento com muita ansssiedade.
_ Bom _ disse eu. _ eu não queria te matar, mas já que você insiste...
Ela espumou de raiva e veio para cima de mim. Se ela fosse uma humana, ganharia do Usain Bolt fácil, ela cruzou os cem metros que nos separavam em uns cinco segundos, isso desviando de todos que estavam em seu caminho.
Ela atacou. Defendi e minha espada encontrou a dela. Plín! Ela atacou com a outra e eu defendi também.
_ Não vou deixar isso encostar em mim de novo! _ exclamei. _ Você teve sua chance quando me pegou de surpresa em relação à força dela, mas não aproveitou, agora, nem adianta tentar.
Ela sempre atendia às minhas provocações, ficava com mais raiva, e mais descuidada em seus ataques também. Tudo o que eu queria. Mas eu teria de acabar com ela em um golpe certeiro, pois um que eu acertasse e não fosse fatal, ela recobraria a sanidade e fecharia sua guarda novamente.
_ Sua mão devia ser uma cobra cega paralítica! _ provoquei.
E mais uma vez ela atendeu e atacou com um golpe com as duas espadas, eu desviei e pus o pé em sua “perna” fazendo ela cair. Eu a golpeei em pleno ar, espetando a espada para baixo, mas, em um reflexo, ela girou e defendeu. Tudo isso em um piscar de olhos.
Ela ficou precavida de novo, não atacava mais sem pensar. Não atendia às minhas provocações mais, estava mais rápida, e defendia melhor. Eu havia perdido minha chance, e, agora eu teria que fazer do jeito mais difícil.
Em um dos golpes, sua espada cortou meu braço, só de passar raspando, já abriu um corte considerável em minha pele, aquilo ardia, aquelas espadas não eram normais. Eu deveria redobrar o cuidado para não ser atingido.
Investi de novo, ela defendeu e contra-atacou, com o escudo eu defendi e com outro movimento, joguei uma de suas espadas para o alto. Ela caiu ao nosso lado, fincando-se no chão.
Ela sibilou. A outra espada que antes era negra, agora, tornava-se cinza, como se as duas tivessem que estar na mão de uma só pessoa para terem poder. Mas não fui muito confiante a essa ideia, pois, se o poder dela ainda estivesse ali, e eu descuidasse, morreria em um golpe.
Enquanto eu pensava isso, eu olhei para a espada que estava no chão. Quando fui olhar para cima, aquela visão de um mundo em guerra retornou, mas dessa vez, eu reconheci uma coisa: Joe, meu antigo diretor e mais novo arque-inimigo. Ao lado dele uma mulher ajoelhada com a cabeça para baixo e amarrada. Ele ria, o barulho da guerra continuava.
Quando voltei a mim, eu estava no chão e a dracaenae já estava com a espada rente ao meu peito fazendo um ataque. Defender era impossível naquele instante. A única coisa que podia ser feita era rezar por um milagre.
E, foi mais ou menos isso que aconteceu. A espada, assim que me tocou, se quebrou, comprovando minha especulação anterior de que elas não tinham poder se separadas. A outra, que estava bem ao meu lado, ainda fincada no chão, também se partiu, e a dracaenae ficou sem armas.
Me pus de pé, e ataquei. Ela desviava, e ia recuando, alguns monstros se punham na frente, mas eu acabava com eles facilmente, era o fim dela e ela sabia disso. Ela começou a “correr” se é que podemos dizer assim, fui atrás sem pensar, alcancei ela no topo da montanha, estava tudo muito escuro pois era de madrugada.
Consegui segurá-la pela armadura. Pus a espada em seu pescoço e perguntei:
_ Onde está Joe?
_ Como se eu soubesse... _ respondeu ela com um tom de desinteresse.
Fui apertando a espada, onde a ponta dela perfurou, um pouco de sangue verde saiu de lá. Ela gemia de dor. Tirei a espada de lá, e pus no braço, fui cortando lentamente, me senti um torturador naquela hora, não gostava daquilo, mas eu precisava saber onde Joe estava.
_ Tudo bem _ disse ela às pressas _ ele está perto de Fiumicino, está na praia.
Então eu tirei a espada do braço dela e dei um corte fatal, ela foi virando pó e deu seu último grito de ódio.
Voltei para o meio da batalha, chamei Athur.
_ Temos que sair daqui _ eu disse a ele.
_ Por que? Ir para onde então?_ perguntou ele.
_ Acabei de descobrir onde Joe e o Kraken estão, é em uma cidade aqui perto, ele está no litoral, provavelmente com o Kraken.
Ele fez um sinal e Rachel veio para junto de nós. Contei tudo a eles e avisamos Alfeu.
Ainda bem que os pégasus estavam lá ainda. Montamos neles e rapidamente chegamos no litoral. Estava amanhecendo, e, assim que descemos, eu vi uma das coisas que mais me deu medo na vida: o Kraken.
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