terça-feira, 20 de março de 2012







Capítulo  IX: A investigação começa (Tiago)





Cidade de Bronderslev

      Do lado de fora, tudo o que se via do acampamento era somente muros, e um portão. A viagem ate Bronderslev foi tranquila, a não ser pelos sinais de que alguma coisa passou fazendo um pequeno, porém visível estrago.
     Fomos atrás do homem que Ralgler dissera que estaria me esperando em minha casa. E estava.
    Era um homem de meia idade, cabelos grisalhos e barba rala. Falava estranhamente com um sotaque Russo e fedia a cigarro. Parecia que não dormia há dias.
      _ Vocês estão atrasados, muito atrasados.
      _ Olá, meu nome é....
      _ Nem precisa falar, Thiago, sei muito bem quem são vocês. Agora vamos entrar, não se sabe se alguém está nos vigiando.
     Entramos na minha velha casa, uma simples casa verde, de dois andares na rua Algade. Parecia que ninguém há muito tempo não limpava a neve da calçada que havia se acumulado com o passar do tempo.
     Lá dentro as coisas continuavam como eu me lembrava. Um longo corredor levava a cozinha e a escada ao lado levava aos quartos. O chão de madeira velho estava um pouco mais desgastado do que antes. Nada parecia estar errado e por um segundo, eu esqueci o porquê de estar ali.
     _ Precisamos saber as informações que você sabe senhor....
    _ Meu nome e Grankov. Só precisam saber disso. Eu estive viajando por muito tempo monitorando qualquer ameaça a qualquer semideus do norte, ou para suas famílias. Minhas investigações de um grupo de monstros que estavam se reunindo não estava tendo grandes resultados. Então tive que pensar grande. Capturamos um semideus, filho de Efesto e conseguimos com ele muitas informações. Uma delas era a de que um semideus grego havia começado uma guerra contra todos. Mas não levamos fé. Em pouco tempo descobrimos que o que ele falou era verdade e que monstros do mundo todo estavam indo se juntar a eles. Perseguimos um grupo. Um trabalho digno dos melhores espiões. Eles nos levaram até um grupo maior, que pelo visto iria começar uma ronda de ataques. Então nos preparamos. Mas eles atacaram antes do previsto, quando não tínhamos protegidos todos.
      _ Quantos semideuses foram raptados?
     _ Raptados?! Hahahaha... A maioria nem lutou. Eles foram convocados a participarem do exército. Somente os humanos foram raptados mesmo.
      _ E para onde eles foram?
    _ Para Berlin. Não sabemos o porquê mas eles estão indo para o leste. Possivelmente estão se reunindo lá pra que ... - ele parou de falar ao ouvir um barulho de passos no teto – tem alguém aqui!! Eles estão aqui!! RáPIDO PARA FORA....
     Assim que ele falou isso, as janelas e as portas estouraram e cerca de cinco fenris e alguns esqueletos de armadura com um símbolo estranho no peito entraram pela porta nos cercando.


 Foi muito rápido, não pude ver qual era. Antes mesmo de que tirássemos nossas armas um dos fenris pulou em direção a Grankov que o matou com um golpe de uma adaga. Enquanto isso os esqueletos, cerca de dez estavam vindo em nossa direção com as armas na mãos. Estávamos prontos para a batalha.
    _ Vamos dançar!! - disse Peter em dinamarquês enquanto já atirava com suas pistolas mágicas.
     Ataquei um dos fenris, mas outros dois já estavam saltando em minha direção e tive que recuar. Enquanto isso Peter e Ethan cuidavam dos esqueletos. Grankov já estava cuidando de outro fenris. Era eu sozinho contra três fenris super bravos.
      Um me atacou, mas fui mais rápido: cortei a lateral do corpo dele. Rolei e vi que outro já estava correndo em minha direção. Dei um forte soco nele com a minha soqueira, fazendo ele parar longe. Mas o último já estava vindo na minha direção, muito rápido. Ele pulou em mim e eu caí, batendo a cabeça no chão. Ele tentava me morder. O que me protegia de ter o rosto dilacerado era o meu escudo.
      De repente, uma adaga apareceu e entrou atrás do pescoço do fenris, que morreu rapidamente. Grankov estava ao meu lado, lutando com o último fenris que havia se recuperado do soco. Me levantei e virei para ver como estavam meus amigos. Seis dos esqueletos já haviam desmontados, mas quatro ainda estavam de pé e lutavam muito bem.


     Ethan estava lutando contra dois. Me aproximei por trás e sem que eles percebessem cortei o crânio deles fora. No entanto eles ainda se mexiam. Eles viraram em minha direção e Ethan aproveitou a oportunidade. Com seu martelo de guerra ele destruiu os dois com um só golpe. Enquanto isso Peter terminava de matar os dois últimos esqueletos.
     _ Agora...– começou Grankov, mas parou assim que ouviu um uivo - temos que nos afastar da cidade o mais rápido possível. Lembrem-se, os monstros foram para Berlin. Sejam rápidos!
    Assim que ele falou nós saímos correndo da casa. Nos separamos. Grankov foi para o centro da cidade e nós fomos para a ferrovia, no leste da cidade. paramos em um beco a cinco quadras da minha casa para recuperar o fôlego e para guardar nossas armas. Não era um boa idéia sair correndo por aí com elas.
     Fomos atrás de um táxi, tentando agir normalmente. Por sorte tudo correu bem. Achamos um táxi que nos levou para a estação, e de lá, compramos uma passagem para Copenhagen.





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