Capítulo IX: A investigação começa (Tiago)
Do lado de fora,
tudo o que se via do acampamento era somente muros, e um portão. A
viagem ate Bronderslev foi tranquila, a não ser pelos sinais de que
alguma coisa passou fazendo um pequeno, porém visível estrago.
Fomos atrás do
homem que Ralgler dissera que estaria me esperando em minha casa. E
estava.
Era um homem de
meia idade, cabelos grisalhos e barba rala. Falava estranhamente com
um sotaque Russo e fedia a cigarro. Parecia que não dormia há
dias.
_ Vocês estão
atrasados, muito atrasados.
_ Olá, meu nome
é....
_ Nem precisa
falar, Thiago, sei muito bem quem são vocês. Agora vamos entrar,
não se sabe se alguém está nos vigiando.
Entramos na minha
velha casa, uma simples casa verde, de dois andares na rua Algade.
Parecia que ninguém há muito tempo não limpava a neve da calçada que havia se acumulado com o passar do tempo.
Lá dentro as
coisas continuavam como eu me lembrava. Um longo corredor levava a
cozinha e a escada ao lado levava aos quartos. O chão de madeira
velho estava um pouco mais desgastado do que antes. Nada parecia
estar errado e por um segundo, eu esqueci o porquê de estar ali.
_ Precisamos saber
as informações que você sabe senhor....
_ Meu nome e
Grankov. Só precisam saber disso. Eu estive viajando por muito tempo
monitorando qualquer ameaça a qualquer semideus do norte, ou para
suas famílias. Minhas investigações de um grupo de monstros que
estavam se reunindo não estava tendo grandes resultados. Então tive
que pensar grande. Capturamos um semideus, filho de Efesto e
conseguimos com ele muitas informações. Uma delas era a de que um
semideus grego havia começado uma guerra contra todos. Mas não
levamos fé. Em pouco tempo descobrimos que o que ele falou era
verdade e que monstros do mundo todo estavam indo se juntar a eles.
Perseguimos um grupo. Um trabalho digno dos melhores espiões. Eles
nos levaram até um grupo maior, que pelo visto iria começar uma
ronda de ataques. Então nos preparamos. Mas eles atacaram antes do
previsto, quando não tínhamos protegidos todos.
_ Quantos
semideuses foram raptados?
_ Raptados?!
Hahahaha... A maioria nem lutou. Eles foram convocados a participarem
do exército. Somente os humanos foram raptados mesmo.
_ Para Berlin. Não
sabemos o porquê mas eles estão indo para o leste. Possivelmente
estão se reunindo lá pra que ... - ele parou de falar ao ouvir um
barulho de passos no teto – tem alguém aqui!! Eles estão aqui!!
RáPIDO PARA FORA....
Assim que ele falou
isso, as janelas e as portas estouraram e cerca de cinco fenris e
alguns esqueletos de armadura com um símbolo estranho no peito
entraram pela porta nos cercando.
Foi muito rápido, não pude ver qual era. Antes mesmo de que tirássemos nossas armas um dos fenris pulou em direção a Grankov que o matou com um golpe de uma adaga. Enquanto isso os esqueletos, cerca de dez estavam vindo em nossa direção com as armas na mãos. Estávamos prontos para a batalha.
Foi muito rápido, não pude ver qual era. Antes mesmo de que tirássemos nossas armas um dos fenris pulou em direção a Grankov que o matou com um golpe de uma adaga. Enquanto isso os esqueletos, cerca de dez estavam vindo em nossa direção com as armas na mãos. Estávamos prontos para a batalha.
_ Vamos dançar!!
- disse Peter em dinamarquês enquanto já atirava com suas pistolas
mágicas.
Ataquei um dos
fenris, mas outros dois já estavam saltando em minha direção
e tive que recuar. Enquanto isso Peter e Ethan cuidavam dos
esqueletos. Grankov já estava cuidando de outro fenris. Era eu
sozinho contra três fenris super bravos.
Um me atacou, mas
fui mais rápido: cortei a lateral do corpo dele. Rolei e vi que
outro já estava correndo em minha direção. Dei um forte soco nele
com a minha soqueira, fazendo ele parar longe. Mas o último já
estava vindo na minha direção, muito rápido. Ele pulou em mim e eu
caí, batendo a cabeça no chão. Ele tentava me morder. O que me
protegia de ter o rosto dilacerado era o meu escudo.
De repente, uma
adaga apareceu e entrou atrás do pescoço do fenris, que morreu
rapidamente. Grankov estava ao meu lado, lutando com o último fenris
que havia se recuperado do soco. Me levantei e virei para ver como
estavam meus amigos. Seis dos esqueletos já haviam desmontados, mas
quatro ainda estavam de pé e lutavam muito bem.
Ethan estava
lutando contra dois. Me aproximei por trás e sem que eles
percebessem cortei o crânio deles fora. No entanto eles ainda se
mexiam. Eles viraram em minha direção e Ethan aproveitou a
oportunidade. Com seu martelo de guerra ele destruiu os dois com um
só golpe. Enquanto isso Peter terminava de matar os dois últimos
esqueletos.
_ Agora...–
começou Grankov, mas parou assim que ouviu um uivo - temos que nos
afastar da cidade o mais rápido possível. Lembrem-se, os monstros
foram para Berlin. Sejam rápidos!
Assim que ele falou
nós saímos correndo da casa. Nos separamos. Grankov foi para o
centro da cidade e nós fomos para a ferrovia, no leste da cidade.
paramos em um beco a cinco quadras da minha casa para recuperar o
fôlego e para guardar nossas armas. Não era um boa idéia sair
correndo por aí com elas.
Fomos atrás de um
táxi, tentando agir normalmente. Por sorte tudo correu bem. Achamos
um táxi que nos levou para a estação, e de lá, compramos uma
passagem para Copenhagen.
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