Φ Capítulo IV: Eu luto com um deus - Gabriel Φ
Fomos
até Santiago, onde tomamos um avião para Roma.
Já no avião, eu estava novamente sonhando. Dessa vez estava no
palácio de meu pai, no fundo do mar. Era uma grande construção;
quando eu digo grande, não é grande tipo a casa branca, é grande
como ela multiplicada por 50. Feita apenas com pedras marinhas,
adornadas com conchas, algas e algumas belezas marinhas, pela porta,
poderia se passar tranquilamente o cristo redentor. Era a maior porta
que eu já vira. Não haviam janelas ao redor. Apenas várias portas
gigantes de algo, que se parecia com escama de peixe, mas, para
variar, eu não sabia o que era.
Havia muitos peixes entrando e
saindo, uns apressado e outros em ritmo menor, mais nunca lentos.
Algumas criaturas eu conhecia, como tubarões, baleias, cavalos
marinhos, mas havia algumas coisas que eu nunca vira na vida. Meu
pai estava em um trono, sentado com seu tridente na mão. A roupa
dele era, agora, uma roupa de batalha, como se estivesse esperando
que eu falhasse na missão e ele tivesse que lutar contra monstros
invencíveis. Senti-me um inútil. Nem meu pai confiava em mim. De
repente, ele disse algo, que não sei como escutei.
— Preparem os
exércitos para atacar Oceano e suas tropas — disse Poseidon —
TODAS as tropas.
— Mas e as
defesas, senhor? — disse um de seus subordinados.
— Não
precisaremos nos preocupar com isso. Afinal, todas as tropas dele
estarão concentradas em nós e, não precisaremos nos preocupar com
um ataque de cima pois meu filho Gabriel vai cuidar do exército que
se levanta contra nós pessoalmente.
— Mas, e, se ele
não conseguir, senhor? O que faremos? Afinal, ele é um mero
mortal...
— Cale- se —
gritou Poseidon. O oceano inteiro tremeu, bom, pelo menos foi o que
eu acho. — Ele é MEU FILHO!!! Ele VAI conseguir!!! EU confio
nele!!! E agora, chega de papo, já que meu filho já vai se divertir
matando um exército inteiro lá em cima, não posso ficar sem
diversão aqui em baixo! Vamos à guerra.
— Sim senhor!
Um exército rugiu
do lado de fora do palácio. Foi a última coisa que vi antes de
despertar.
Estava
correndo tudo muito bem, até que, no meio do voo, logo que eu
acordei, uma turbulência um tanto quanto violenta, começou. O avião
chacoalhava de um lado para o outro, o que começava a me dar
náuseas. Rachel segurou a minha mão. Pouco depois, um impacto
maior, e eu vi o avião se partindo ao meio. Uma centena de pessoas
caindo, pedaços de metal passando, em chamas, uma morte certa.
Até
quando me concentrei embaixo de nós, vi que era o Oceano Atlântico.
Isso nos dava 1% de possibilidade de sobreviver, isso se eu não
falhasse ao utilizar a água para amortecer a queda de pelo menos eu,
Arthur e Rachel. Mas havia outras pessoas. Eu não podia deixá-las
morrer. Senti uma força que nunca havia sequer chegado perto de
experimentar. Em pleno ar, perto do mar, eu ergui as mãos. E tudo
que eu vi antes de desmaiar, de tanto cansaço, foi uma imensa
quantidade de água subindo, e amortecendo a queda de todos.
Eu
estava sonhando de novo. Dessa vez, ele era mais claro, e já haviam
três garotos, ao invés de dois, como fora no primeiro sonho. Eu via
o rosto de um deles em meio à uma nevasca que enfrentavam. Ele era
loiro, tinha olhos castanhos. Pelo seu vulto que se via através da
tempestade, ele era alto e magro. Um dos garotos que estavam ao lado
desse loiro, era um pouco mais baixo e mais gordo. Não consegui ver
seu rosto.
— Ei, Ethan — dizia o mais alto ao gordo. — Tem certeza de
que estamos na pista certa?
— Sim ,Thiago — respondeu Ethan. — Afinal... Estamos indo
atrás de Nidhogg, não estamos?
— É — disse Thiago concordando. — Tudo bem Peter? Você
parece preocupado com alguma coisa...
— Não é nada — disse o terceiro menino, cujo nome era Peter.
Foi
tudo que eu vi antes de acordar, dessa vez na areia embaixo d'água,
com vários peixes ao meu redor. Não morri pois eu podia respirar embaixo d'água e suportar à pressão e resistir às baixas
temperaturas daquela profundidade em que estava. Tentei me mexer, mas
estava cansado demais para isso. Já que eu tinha algumas vantagens
na água podia ouvir as coisas embaixo dela.
Haviam várias vozes felizes, comemorando por terem sobrevivido à uma queda de altura tão grande. Mas, a que mais me chamou a atenção, foi a de Rachel, que chorava e dizia ao mesmo tempo:
Haviam várias vozes felizes, comemorando por terem sobrevivido à uma queda de altura tão grande. Mas, a que mais me chamou a atenção, foi a de Rachel, que chorava e dizia ao mesmo tempo:
— Foi culpa
minha! Se eu o tivesse segurado, ele não estaria lá no fundo do mar
agora!
— Não foi culpa
sua Rachel! — disse Arthur tentando consolá-la —Não podíamos
fazer nada! Agora temos que nos conformar.
— E agora, o que
faremos?
— Vamos esperar
o resgate, voltar para o acampamento e relatar à Alfeu que falhamos
em nossa missão.
— Mas, se não
cumprirmos essa missão, o mundo se acabará!
— Mas...Você
sabe...Não podemos conseguir sem a força de um filho dos três
grandes!
— Temos que
tentar! Como conseguiremos se nem tentarmos? Acho que Gabriel iria
querer isso!
Ela começou a
chorar novamente.
— Tem razão!
Vamos só nós e torcer para que os deuses nos abençoem!
Nesse momento, eu
já havia desistido, mas, as palavras de Rachel me fizeram mudar de
ideia. Como é que eu iria sair daquela situação se nem tentasse?
Tentei
várias coisas, mas meu corpo não respondia a meus comandos, nem se
mexia. Pensei em todos que eu gostava, talvez eles me dessem força,
pensei até em como seria o mundo se eu falhasse nessa missão. De
repente, meu ar acabou. Não conseguia respirar e sentia água
entrando pelo meu nariz. Mas, não só pelo nariz, mas por todo o
corpo, como se cada poro de minha pele estivesse recebendo água. Com
isso, minhas energias voltaram. E, dessa vez, não foram embora.
Concentrei-me um pouco e consegui voltar a respirar. Ouvi o som de um
helicóptero voando acima da
água
acho que era o resgate. Tinha que encontrar meus amigos antes que
eles fossem levados pelo resgate. Mandei as correntes me emergirem
rapidamente até a superfície. Saí com uma explosão de água. Caí
direto em meus amigos. Eles estavam em um bote salva-vidas. Havia outros como aquele por ali, um pouco mais adiante. Também avistei um helicóptero.
— Sentiram minha
falta ? — perguntei.
Os olhos deles não
acreditavam no que viam. Arthur me deu um forte abraço. Depois foi a
vez de Rachel, que foi mais suave.
Não deu tempo nem da gente ficar feliz e matar a saudade. Alguma coisa deu uma pancada na água bem ao meu lado e fui arremessado com o impacto para longe. Descobri mais uma vantagem de ser filho de Poseidon: podia andar sobre a água. Me levantei e preparei minha espada e meu escudo à minha frente estava um monstro. Ele era uma grande serpente, com olhos amarelos, dentes do tamanho de um taco de basebol. Tinham três camadas desses dentes. Escamas gigantes cobrindo todo o corpo. Uma boca que podia engolir um ônibus sem mastigar. Tinha um corpo de uns 100 metros de comprimento. A cauda tinha um ferrão do tamanho de uma porta. Tinha incrível velocidade na água. Para dificultar mais nossa vida, ele submergiu.
Enquanto ela não reaparecia, eu disse:
Não deu tempo nem da gente ficar feliz e matar a saudade. Alguma coisa deu uma pancada na água bem ao meu lado e fui arremessado com o impacto para longe. Descobri mais uma vantagem de ser filho de Poseidon: podia andar sobre a água. Me levantei e preparei minha espada e meu escudo à minha frente estava um monstro. Ele era uma grande serpente, com olhos amarelos, dentes do tamanho de um taco de basebol. Tinham três camadas desses dentes. Escamas gigantes cobrindo todo o corpo. Uma boca que podia engolir um ônibus sem mastigar. Tinha um corpo de uns 100 metros de comprimento. A cauda tinha um ferrão do tamanho de uma porta. Tinha incrível velocidade na água. Para dificultar mais nossa vida, ele submergiu.
Enquanto ela não reaparecia, eu disse:
— Vejam —
disse eu apontando para um amontoado de terra. —Ali tem uma ilha.
Se escondam lá. Rachel, preciso que distraia a criatura com suas flechas.
Mas, não deixe que ela os vejam.
Eles nadaram
rapidamente até a ilha que ficava bem próxima ao lugar onde a luta
estava acontecendo.
A serpente
reapareceu, e tentou me engolir, dando um golpe por cima. Rachel
atirou uma “flecha-bomba” que explodiu antes que ela me
engolisse, fazendo-a afundar um pouco. Resolvi atacar. Corri até ao monstro e tentei escalar sua calda. Ela era extremamente escorregadia. O monstro se
recuperou e reiniciou seu ataque. Ataquei antes. Dei um golpe de
espada em sua cauda. Nada. Era duro como titânio. Tinha de haver um
jeito de destruí-lo. Outra flecha explosiva: BUM!
Tentei escalar a criatura de novo e dessa vez consegui. Segurei-me nas brechas entre suas escamas. Tive uma ideia. Tentei atacar entre as escamas pois ali, poderia ser vulnerável. Dei um golpe com a espada e começou a jorrar um líquido gosmento verde de lá. A serpente deu um guincho horrível que quase me ensurdeceu. A água pareceu se levantar com seu grito, formando ondas a seu redor. Ela se remexia muito. Cravei minha espada em sua pele para conseguir segurar-me. Fui escalando vagarosamente suas costas. Ela tentava dar mordidas, mas eu estava entre suas escamas e ela não queria morder-se.
Tentei escalar a criatura de novo e dessa vez consegui. Segurei-me nas brechas entre suas escamas. Tive uma ideia. Tentei atacar entre as escamas pois ali, poderia ser vulnerável. Dei um golpe com a espada e começou a jorrar um líquido gosmento verde de lá. A serpente deu um guincho horrível que quase me ensurdeceu. A água pareceu se levantar com seu grito, formando ondas a seu redor. Ela se remexia muito. Cravei minha espada em sua pele para conseguir segurar-me. Fui escalando vagarosamente suas costas. Ela tentava dar mordidas, mas eu estava entre suas escamas e ela não queria morder-se.
Cheguei até o topo
da cabeça. Levantei a espada com as duas mãos para um golpe
fortíssimo em sua cabeça. Movimento errado. Ela chacoalhou sua
cabeça e eu fui para o alto. Quando comecei a cair ela já me
esperava de boca aberta. Caí diretamente lá dentro. E, em um
movimento de puro reflexo, cravei a espada em sua língua. Outro
grito. Dessa vez muito pior pois eu estava no lugar de onde ele
vinha. A criatura ainda não fechara a boca. Eu tinha que sair de lá. Só não
sabia como. Tentei várias coisas mas nada deu certo.
Ainda bem que Rachel era boa de mira, se não, estaria morto agora. Ela, lá debaixo atirou uma flecha explosiva que entrou certeiramente na boca da serpente. Como ela entrou já sem muita força, eu a segurei. Tive uma ideia. Concentrei muita força em meu braço que estava com a flecha e a joguei garganta abaixo: BUM! Seu esôfago explodira. Ele caiu de lado na água, e, enquanto afundávamos, eu saí de sua boca nadando e voltei à superfície.
Levantei-me sobre a água e pus-me em guarda. Sabia que ela não morrera naquela explosão. A água começava a criar uma mancha verde. Pouco depois, ela se reergueu com dificuldade atrás de mim. Estava com os olhos brilhando de raiva e de dor. Ela me atacou. Consegui esquivar-me e furar seu olho. O líquido que saiu de lá queimou a manga da minha camiseta. Era ácido. Ela investiu novamente, cada vez mais lenta. Desviava-me com facilidade. Não queria usar a água pois lembrava-me do cansaço que ela me dera da última vez que a usei. Mas não tinha escolha. Meus ataques ou batiam nas escamas ou faziam machucados insignificantes. Esquivei-me de um ataque e convoquei uma grande onda. A água se levantou da altura da serpente. Ataquei. Ela apenas caiu e se levantou pouco depois. Tinha de conseguir um novo truque, se não eu morreria de cansaço antes dela. Ergui mais uma vez a onda e, nada. Pensei em que eu poderia fazer. Enquanto isso, ela atacava cada vez mais rápido, como se estivesse se recuperando do ferimento e como se sua energia aumentasse a cada ataque.
— Gabriel! —
gritou Arthur nadando ao longe. — Vou te ajudar!
— Não! —
Gritei.
Mas não adiantou.
Ele veio nadando até mim. Usei meus poderes para pô-lo sobre a
água.
— Você não
deveria estar aqui Arthur! — falei eu.
— Vi que você
não conseguia progresso e vim ajudar. — respondeu ele com um
sorriso.
O monstro atacou de
novo. Desviamos, mas não conseguimos contra-atacar. Ele estava mais
rápido. Atacava com a boca e a cauda. Em um golpe, o ferrão passou
zunindo em meu ouvido. Vi que ele tinha veneno. Depois de muita luta,
caí na água de exaustão e não consegui flutuar. Estava afundando
quando alguma coisa passou por mim. Estava cansado demais para
olhar, e, qualquer coisa que fosse seria minha morte, então...
— Ei! aguente
firme — dizia uma voz. Parecia, sei que vai achar estranho mas,
sim, a voz se parecia com a voz de um golfinho. Não que eu já tenha
ouvido um golfinho falar, mas aquela voz se parecia com o som dele,
mas em forma de palavras.
Mas foi só isso
que eu ouvi. Acordei em uma casa com um velho me olhando.
— Finalmente! —
disse ele.
— On...
ond...onde eu estou? — perguntei com a voz rouca.
A casa era uma
cabana toda de madeira, na varanda ficavam algumas redes e um jardim
de flores murchas. Do lado de dentro, havia muita coisa, tudo
bagunçado. Livros, papéis, mapas, telescópios, roupas e até
prêmios como estátuas e alguns peixes. Havia uma parede com várias
fotos do velho. Uma em particular me chamou a atenção: O velho
estava com... sim... meu pai! Mas... como? Quem era ele?
— Hã — disse
ele parecendo desconfortável — meu nome é Nereu.
Nereu era um velho
com cabelos um pouco grandes e barba rala brancos. Usava um macacão
e uma camisa vermelha por baixo. Usava umas sandálias, que mostravam
suas unhas mal feitas.
— Nereu... —
disse eu — tenho a impressão de já ter ouvido esse nome...
— Ele é uma divindade marinha — disse Rachel me esclarecendo
tudo.
— Ah, lembrei!
O velho abriu um
sorriso e mostrou seus dentes amarelos.
— Então, a voz
de golfinho que ouvi... era você? Pois não é você que pode se
transformar em qualquer bicho marinho?
— Sim — disse
ele. — Ah, e à propósito, de nada!
— Ah, obrigado e
desculpe-me.
— Não foi nada!
Vocês querem comer?
— Sim — disse
Arthur.
Fiquei feliz em
vê-lo bem.
Nereu nos levou até
uma cozinha que havia lá. Havia uma geladeira pequena e antiga, uma
pia de pedras, uma mesa de madeira com um navio decorativo em cima, e
algumas cervejas em cima de um balcão.
— Vocês aceitam
um sanduíche?
Ele olhou
diretamente para mim. Eu o observei bem e me assustei com uma coisa,
um de seus olhos era cego, e, seu pescoço estava machucado.
Nereu preparou os
sanduíches de bacalhau e disse:
— Vou pegar um
refrigerante. Já volto.
Assim que ele saiu
eu disse:
— Temos que sair
daqui, AGORA!
— Por que? —
Disse Rachel — ele está sendo tão bom!
— Eu acho que
ele é a serpente que nós enfrentamos!
— De onde você
tirou essa ideia? — Perguntou ela, como se aquilo fosse a coisa
mais absurda já dita em todos os tempos.
— Um de seus
olhos, exatamente o que eu feri, é cego. E, seu pescoço, está
machucado. Eu também machuquei o pescoço da serpente. E, mais uma
coisa: me conte exatamente como ele apareceu.
— Eu mandei uma
flecha explosiva que afugentou a serpente. Ela afundou e foi embora. Aí Nereu apareceu.
— Viu? Por que
ele apareceria só depois que a serpente fosse embora?
— Por questão
de segurança! Dã!
— Você VIU a
serpente partindo? Tipo, sumir no horizonte? E, só mais uma
coisinha: ele é IMORTAL, por que ele teria questões de segurança?
— Não, eu já
te falei, ela afundou. Mas, vou acreditar em você, por que também
estou com um mal pressentimento.
— Não posso nem
comer o sanduíche? — disse Arthur.
— Não! —
Dissemos eu e Rachel.
Levantamos e fomos
em direção à porta. Mas, ele já estava lá com os refrigerantes
na mão.
— Ué? —
disse ele com uma cara de surpresa — vocês já vão?
— Vamos —
disse eu — temos uma missão importante e...
— VOCÊS NÃO
VÃO! — rugiu ele — VOCÊS NÃO VÃO COMPLETAR ESSA MISSÃO!
NINGUÉM INTERROMPE OS PLANOS DO CHEFE! NINGUÉM!.
Depois que ele
disse isso, seu braço virou um tentáculo e agarrou Rachel. Senti a
fúria me dominando. O céu se fechou. O mar começou a se agitar com
grandes ondas.
— Solta ela! —
gritei eu.
Soou mais ameaçador do eu pensava que seria. Parecia o próprio mar falando. Ele riu profundamente, me olhou nos olhos e disse friamente:
Soou mais ameaçador do eu pensava que seria. Parecia o próprio mar falando. Ele riu profundamente, me olhou nos olhos e disse friamente:
— Não.
Ele foi arrastando
Rachel até a praia. Uma onda se levantou e quebrou diretamente em
suas costas.
— Ah! —
gritou ele com uma expressão de dor. — Agora você me irritou!
Nereu começou a
criar escamas e crescer, pouco depois, lá estava a mesma serpente
marinha com a qual eu lutara pouco tempo antes. Vi Rachel e ela
estava toda cheia de hematomas e desacordada. Minha fúria aumentou.
Eu tremia violentamente de tanta raiva. NINGUÉM poderia mexer com
meus amigos.
Uma
tempestade começou. Ventos fortes, chuva grossa e ondas imensas.
Minha raiva chegou a cume quando ele bateu sua cauda em Rachel e riu.
O mar se levantou em um onda gigantesca. Mas, logo que olhei em seus
olhos percebi qual era o seu plano. Se a onda continuasse vindo iria
matar meus amigos tamanha a violência dela. E Nereu apenas iria
sentir uma dor pois ele era imortal. A expressão dele, que era de
gozação até aquele momento mudou quando a chuva cristalizou-se
transformando-se em um granizo em forma de ponta de lança. Aquilo
foi apenas nele. Centenas de espinhos de gelo entravam nele. Alguns
até atravessavam. Um redemoinho começou na água abaixo dele. Ele
foi afundando até sumir mar abaixo. Achei que tinha acabado, mas
aquele redemoinho começou a me puxar também. Mesmo eu estando em
terra. Eu tentava extingui-lo mas não conseguia. Vi que Arthur me
olhava com uma cara de: Nossa!
Você usou o mar e a chuva à seu favor para derrotar aquele
pilantra, maneiro!,
enquanto era puxado para a água. Como não conseguia resistir, e nem
parar aquilo, peguei Rachel no colo e arrastei Arthur até perto de
mim. Ao submergirmos completamente, fiz uma bolha de ar em volta de
nós.
A corrente nos
levava velozmente mar adentro até que avistei o palácio que eu vira
em meu sonho: a casa de meu pai. Será que fora ele que me carregara
até aquele lugar? Se fora, por que?
A corrente nos
deixou na porta, onde haviam dois ciclopes de guarda.
Um deles ia me atacar quando o outro disse:
Um deles ia me atacar quando o outro disse:
— Não. Ele é
filho do chefe.
E ele segurou o
outro que insistia em me atacar até que entramos dentro do palácio
e as portas se fechassem.
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